segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Na estreiteza da sola
Na amplitude da sala
Na redondeza da bola
No pontiagudo da bala
Nas curvas linhas da mola
Nas linhas retas da mala
No vão da blusa sem gola
Na plena noite de gala

No falar solto que rola
No falar preso que rala
Na palavra que empola
Na palavra que empala
Na palavra que embala
Na palavra que embola

O sentimento que cola
O sentimento que cala
O sentimento de amá-la
O sentimento que amola
O laço certo de atá-la
O passo errado que atola

2 comentários:

Sem mais palavras... disse...

Eu sabia de suas inclinações à poesia, mas é a primeira vez que tenho o prazer de ler algo escrito por você.
Como seu amigo sou bastante suspeito.
Mas gostei muito do ritmo e da rima e da fixação pela bailarina...
eu não pude deixar de notar que esta figura te fascina meu caro.


Continue escrevendo e nos presenteando postando as suas novas criações aqui para que possamos ler.

Parábens!

Bruna monteiro disse...

Me seguro em Graciliano Ramos pra explicar esse poema: " A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso. A palavra foi feita pra dizer"


e diz! E toca a gente. Parabéns Magno!
=)