segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

(para Amanda Spacca)

Deita fora o pudor que te acabrunha
E te entrega ao desejo que tu sentes:
Vem rasgar-me com teus dentes e unhas,
Que eu te rasgo com as unhas e os dentes.

Deita fora depressa o teu pudor,
Que o pudor pra nós duas é cadeia;
Não esqueças que onde habita a dor
É também onde o prazer passeia.

Transcendentes valores, tão distantes
Deste mundo humano e deste instante,
Não possuem valor maior que a vida.

A moral que te tolhe, pois, ignora;
O pudor que te oprime deita fora,
Que este leito de gozo te convida!

Um comentário:

Unknown disse...

Ah, então este tem um objeto claro e definido... Humm...