O meu verso é o grito violento
Que dos fatos da vida faz assunto
Desde o fato infeliz do nascimento
Ao apodrecimento do defunto
Da agonia infernal do sofrimento
Ao prazer que, lhe anda sempre junto,
Da efemeridade do momento
Ao eterno universo em seu conjunto
Do acaso incerto ao destino
Desde aquilo que é falso ao genuíno
Da desventura do azar à sorte
Da existência iludida à dolorida,
Que o meu grito poético é a vida
A zombar do silêncio que é a morte.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
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2 comentários:
cadente, cardia,
mordente, moderna.
deu-me companhia serena,
poesia morena,eterna.
maduro, lírico,
é puro, saudoso.
foi-me onírico e rima,
poesia acima do medroso.
;)
não conhecia sua poética, magno...
me encantou... me parece (sobre)vivamente moderno... lembrei de alguns da geração 65... especialmente de Jaci Bezerra, pela cadência, como se fossem ondas do mar.
parabéns!
"Da existência iludida à dolorida,
Que o meu grito poético é a vida
A zombar do silêncio que é a morte."
diz tudo que precisa dizer, encanto. O som, as palavras. Belas escolhas, belo poema!
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